ICEI de 57,8 pontos confiança do setor industrial na economia e na própria empresa no momento atual e nos próximos seis meses
De acordo com a CNI – Confederação Nacional da Indústria, a confiança do empresário industrial se manteve estável na passagem do mês de junho para o de julho.
O ICEI – Índice de Confiança do Empresário Industrial – publicado na última terça-feira (12/07) pela CNI – aponta que a confiança do setor em julho é de 57,8 pontos. O indicador varia entre 0 e 100 pontos, com uma linha de corte em 50 pontos. Dados acima dessa linha indicam confiança e abaixo, falta de confiança.
Entre os dados que compõem o ICEI, o Índice de Condições Atuais apresentou leve retração, de 0,4 ponto, totalizando 51,1 pontos.
Para Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, o índice demonstra melhora das condições atuais da indústria na comparação com os últimos seis meses, apesar da ligeira queda.
Já o Índice de Expectativas ficou praticamente estável, com uma variação de 0,1 ponto para 61,1 pontos. Ao permanecer significativamente acima da linha divisória de 50 pontos, o índice demonstra a continuidade do otimismo elevado da indústria para os próximos seis meses.
“As expectativas de melhora da economia estão bem disseminadas entre os industriais”, afirma Azevedo.
Para a pesquisa foram ouvidas 1.571 empresas, das quais 619 de pequeno porte, 584 de médio porte e 368 de grande porte, entre 1º e 7 de julho.
Também de acordo com a CNI, o PIB – Produto Interno Bruto Brasileiro deve crescer 1,4% em 2022.
O percentual, de acordo com o Informe Conjuntural do 2º trimestre, se aproxima da previsão de alta de 1,2% feita em dezembro de 2021, antes da guerra na Ucrânia e do agravamento da pandemia de Covid-19 na China, que pressionaram preços e adiaram as expectativas de normalização das cadeias globais de produção.
Por conta destes fatores, em abril a CNI havia anunciado uma revisão dos dados, prevendo uma expansão de 0,9% da economia.
Para o PIB industrial, a expectativa é bastante modesta, porém significativa. De acordo com a CNI, para a indústria a previsão passou de -0,2% para +0,2%.
“A indústria registrou altas moderadas da produção no período, pouco acima do previsto, com maior dinamismo em setores ligados a commodities” , diz Mário Sérgio Telles, gerente executivo de Economia da CNI.